Ao menos 500 indígenas de diferentes cidades do Oeste de Santa Catarina e Sul do Rio Grande do Sul devem passar por Lages, na segunda quinzena de dezembro rumo às cidades do litoral catarinense. Prevendo esse deslocamento, aconteceu nesta quarta-feira (09), reunião virtual da Fundação Nacional do Índio – Funai com o Grupo de Trabalho – GT, que dará suporte à migração indígena deste ano.
Representando a Amures e Cisama, o assistente social Lauro dos Santos, discutiu como se dará a passagem e o apoio aos indígenas pela região. “Já fizemos contato com a Secretaria de Assistência Social de Lages através do Serviço de Proteção Alta Complexidade para fazer o acolhimento dos indígenas durante a passagem pela cidade. Também discutimos com a Secretaria de Estado da Saúde, o protocolo para atender esta demanda com o menor risco possível de contaminação pela Covid-19”, informa Lauro dos Santos.
Os indígenas que passarão por Lages são da etnia kaingang e Guarani. Ao todo, mais de mil indígenas devem migrar nesta temporada de veraneio, de suas origens para o litoral. Os destinos mais procurados são Balneário Camboriú e Florianópolis. Eles vendem principalmente artesanatos. As entidades que monitoram esse deslocamento orientarão os indígenas a não trazer crianças e idosos, nesta temporada.
A reunião que tratou do assunto, teve presença de Jairo Pinto de Almeida representante da Funai de Brasília, Luiz Felipe Bueno, da Funai/SC, Thiago Cassara, do Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social – Coegemas, Secretária de Estado do Desenvolvimento Social, Arlene Sousa da Silva Villela e dentre outras instituições, o Conselho Estadual dos Povos Indigenas – CEPIN.