Os prefeitos da Amures realizaram na tarde desta sexta-feira (26), reunião emergencial por videoconferência para discutir o Decreto Estadual 1.172, que suspende o funcionamento de serviços não essenciais no combate a Covid-19. Pelo decreto, os serviços não essenciais ficam impedidos de funcionar das 23h desta sexta-feira, 26 de fevereiro, até as 06h de segunda-feira, 1º de março.
Os prefeitos analisaram o Decreto Estadual e decidiram seguir as normativas com protocolos de saúde, previstos na publicação que objetiva desacelerar a curva de contágio da doença em um momento de alta taxa de ocupação dos leitos clínicos e de UTI.
Pelo decreto estadual, a ordem é o fechamento de atividades não essenciais neste fim de semana, entre as 23h de 5 de março e 06h de 8 de março. Para o presidente da Amures prefeito de Capão Alto Tito Pereira Freitas, medidas preventivas devem ser tomadas para a região não atingir o nível da pandemia e gravidade do Oeste.
“Temos situação de professores contaminados nos municípios e segunda-feira, às 15 horas faremos uma nova reunião dos prefeitos com os secretários de Educação para discutir se mantém ou não a retomada do calendário escolar”, informou Tito Freitas.
O que mais preocupa os prefeitos é que a ocupação de leitos de UTI está em 100% e há uma demanda crescente nos leitos de enfermaria. Os prefeitos foram informados que a situação caminha para o colapso e já existe represamento de pacientes no Centro de Triagem a espera de leitos de enfermaria SUS.
A presidente do Consórcio de Saúde prefeita de Urubici Mariza Costa, disse que está sendo tentada a abertura de 24 novos leitos de UTI/Covid no Hospital Tereza Ramos. Ela esteve reunida esta semana com o novo diretor do hospital para tratar do assunto. “Temos ainda, pedido de 17 leitos de enfermaria Covid para Bom Retiro e 14 para Otacílio Costa para amenizar a situação”, informou.
O represamento de pacientes no Centro de Triagem, por leitos de enfermaria iniciou na noite de quinta-feira e a tendência é agravar ainda mais. Para barrar esta situação, a adoção de medidas restritivas deverá ser intensificada nas próximas horas em toda Serra Catarinense.
Outra informação repassada aos prefeitos é que os hospitais já acusam falta de bomba de infusão e medicamento específico usado para entubar pacientes. Também há falta de veículos de transporte de pacientes como ambulâncias. Diante disso os prefeitos devem fazer uma cooperação de suporte nas transferências desses pacientes com uma escala regional para dar vazão as demandas.