Prefeitos, gestores municipais de saúde, diretores de hospitais, médicos e convidados participaram na tarde desta segunda-feira (06), de reunião na Câmara de Dirigentes Lojistas de Lages (CDL), onde foi apresentada a situação da estrutura hospitalar da Serra Catarinense.
De forma hibrida, a reunião contou com participação da deputada federal Carmen Zanotto e da coordenadora Regional de Saúde, Daniela da Rosa de Oliveira. A reunião foi uma continuidade do Seminário Regional de Saúde sobre Sistema de Regulação e trouxe informações importantes para futuras decisões dos prefeitos.
Sobre a necessidade de abertura de centro cirúrgico, foram apontados os hospitais de Anita Garibaldi, Campo Belo do Sul, Otacílio Costa e Correia Pinto. Na região, apenas os hospitais de Lages, Bom Retiro, Urubici e São Joaquim, estão habilitados para cirurgias.
A Coordenadora da Regulação Estadual em Lages, Ane Caroline Hoffer Lopes, esmiuçou a estrutura dos hospitais e segundo a presidente da Amures, prefeita de Palmeira Fernanda Córdova, um dos desafios será colocar em funcionamento, os centros cirúrgicos dos hospitais que ainda não estão habilitados.
“Só o hospital Tereza Ramos, tem uma demanda reprimida de 521 procedimentos, sendo 453 de cirurgias geral. O Nossa Senhora dos Prazeres tem 3.539 pacientes em fila de espera, sendo 1.232 pacientes aguardam por cirurgia geral. O hospital Infantil tem 328 pacientes na mesma fila por cirurgia pediátrica. Temos de ter atitude diante dessa situação e sensibilidade para sentir o que uma outra pessoa sente”, disse Fernanda Córdova.
Para o presidente do Consórcio de Saúde da Amures (CIS-AMIRES), prefeito de Rio Rufino, Erlon Tancredo Costa, a produção dos hospitais habilitados ainda é pequena. Ele lamenta que a Serra Catarinense seja a última em relação as demais regiões do Estado, em número de procedimentos.
“Em maio foram realizadas 98 cirurgias de média complexidade, enquanto a região Sul realizou 1.102. A que menos fez este tipo de procedimento depois da nossa, foi o Vale do Rio Itajaí com 336 procedimentos”, lamenta Erlon Costa. Além da apresentação da estrutura dos hospitais, houve apresentação de um diagnóstico situacional dos hospitais da macrorregião compreendida pela Serra Catarinense, Meio Oeste, Alto Valor do Rio do Peixe e Alto Uruguai.
Também foram apresentados os números das cirurgias eletivas de maio passado e comparado com outras regiões do Estado. Analisada a possibilidade de cirurgias eletivas no Hospitais Coração de Jesus, em São Joaquim e São José, em Urubici e agendada para semana que vêm, uma visita pelos prefeitos aos hospitais de Lages.