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Seminário discute situação do autismo na Serra Catarinense

Inédito na região da Amures, o I Seminário sobre Autismo da Serra Catarinense, lotou o auditório do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade do Planalto Catarinense – Uniplac, na manhã desta quinta-feira (27). O evento tem como público-alvo, gestores de escolas públicas estaduais e municipais, técnicos de Unidades Básicas de Saúde, profissionais da Segurança Pública, professores da Apae e entidades ligadas ao atendimento especializado.

A programação do evento foi desenvolvida de modo a preparar e qualificar os participantes no atendimento ao autista. “A demanda está aumentando a cada dia e temos de saber como abordar o autista, porque o percebemos que o problema é de sociedade e não do portador deste tipo de transtorno”, explica a coordenadora do Centro Especializado em Reabilitação (CER), Elusa Camargo.

O seminário que se estende durante a tarde desta quinta-feira, busca ainda, provocar as entidades sobre as questões relacionadas ao autismo. Dentre as abordagens do seminário constam questões relacionadas a legislação, os direitos dos autistas, o papel da escola e entre outros, as práticas pedagógicas inclusivas.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é resultado de alterações físicas e funcionais do cérebro e está relacionado ao desenvolvimento motor, da linguagem e comportamental. Segundo Elusa Camargo, o diagnóstico do autismo é mais comum hoje em dia e há um preconceito menor que no passado.

“O autista tem todas as possibilidades de ser uma pessoa com vida normal, desde sejam respeitadas suas especificidades”, reiterou a coordenadora do CER. Durante a tarde, serão trabalhadas temáticas como Cozinha Kids – O melhor tempero é o amor; Quando a ciência encontra o amor: técnica e prática caminhando juntas e haverá ainda, uma apresentação do Núcleo de Educação da Acil.

Hoje não existe um diagnóstico oficial sobre o autismo no Brasil. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), estima que há cerca de 2 milhões de autistas no país. E essa falta de informação é o que preocupa, pois, o Censo do IBGE que está sendo realizado não contemplou o autismo no levantamento. Mesmo assim, com base em atendimentos nas unidades de saúde, se estima que de cada grupo de 30 pessoas, oito são autistas.